Olha cada vez mais me surpreendo com encantos dessa cidade maravilhosa que é o Rio. Descobri através de uma amiga uma roda de samba bem carioca que ocorre nas segundas-feiras na Pedra do Sal, fica aos pés do Morro da Conceição, outro lugar extremamente encatador e agradável de se conhecer.
Pois bem, o cenário é algo do tipo histórico, aquele casario antigo, aquela pedra com entalhes formando uma escada. É extremamente emocionante imaginar tantas histórias que ocorreram naquele espaço, sempre foi cenário da cultura negra, pois por ali os escravos transportavam sacas de sal, e quando o sal pedrava eles batiam as sacas naquela pedra, daí o nome. É um remanescente de quilombolas. Grandes sambistas como Pixinguinha e Donga já se reuniram junto daquela pedra para compor, beber e viver a boemia como ela é.
Passei numa daquelas ruelas e olhei para uma fachada e lá estava escrito em alto relevo: 1822 e, pensei comigo (nossa!) que legal ver uma construção feita no ano da independência.
Afora, todo esse encanto, a rodinha de samba é bem bacana e badalada, começa cedo, por volta das 19h e as pessoas vão chegando meio que tímidamente e de repente tá fervendo. Você olha no entorno e tem toda aquela logística da boemia carioca: salsichão, churraquinho de gato e por aí vai. A cerveja é de garrafa a preços normais, entretanto, tem um barzinho pé de chinelo, com ar trash fantástico bem perto e pasmem toca música dos anos 80, ainda (pasmem novamente) a cerveja custa 3,00 reais a garrafa. Não é necessário se perguntarem o que fiz, parei e fiquei. A clientela é a mais variada possível, com aqueles personagens que conhecemos, a galerinha pós trinta, uns bichos-grilos, bebuns de plantão (não me incluam nesse quesito Ok, só pra constar hehehehehehe), enfim o paraíso na terra para um boêmio como eu.
Então vai a dica: apareçam lá nas segundas e você se tornará frequentador desse nicho fantástico e esquecer que a tarde de domingo já se foi e apenas a semana está começando para novas espectativas.
quinta-feira, 15 de abril de 2010
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