quarta-feira, 21 de abril de 2010
Lá embaixo
No fundo você não quer amar demais... Você quer ser amado! É a meta... A partir daí, tudo vale a pena... Inclusive amar! Que merda, mas é bom demais fazer isso! Recomeçar a pensar assim é que são elas... Quero ser feliz!
Anos 50
Vrummmmmmmmmmmmmm, vrummmmmmmmmmm... A vida é veloz e a gente tem que se adaptar, e rápido............
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Deuses e Santos

Nossa Senhora do Desterro, olhai por mim, seu filho
apreensivo e inseguro, neste vale de lágrimas, a caminho de um lugar desconhecido
Depois deste desterro, ó Mãe carinhora, mostrai-me Jesus
bendito fruto de vosso ventre, ó clemente, ó piedosa
ó doce sempre Virgem Maria.
Nossa Senhora do Desterro, acompanha-me na travessia do deserto da vida
até o dia de alcançar o Oásis eterno, o céu, o amor verdadeiro.
Amém

Salve Jorge

Sãotiago
domingo, 18 de abril de 2010
Vento no litoral


Agora está tão longe
ver a linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos
Na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim...
Agimos certos sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque está comigo
o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem...
Já que você não está aqui
O que posso fazer
é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos,
Lembra que o plano
Era ficarmos bem...
Um dia triste
A dor da alma sempre existiuO que pode intensificar são as pretensões afetivas
Não há resposta para o nada
Nem de quem vai nem de quem fica
Nossa sociedade tem a pretensão de dar respostas pra tudo
Mas como dar resposta para o que não tem resposta
É insolúvel!
É filosófico!
Não sou muçulmano
Não há religião a responder
Há a dor infligindo a alma
Como fazer?

"Meio saudade
Meio esperança
Meio vivendo
Meio morrendo
Meio corpo
Meio alma
Talvez isso possa ser visto como passos para o inteiro,
Onde opostos se encontram e convivem...
Ou poderia ser visto como um completo estado de perturbação,
de se estar perdido
(mas quando de fato não estamos se formos levar ao pé da letra?)
- Aqui cabe dizer que, assim como podemos estar completamente
perdidos, se formos levar ao pé da letra, ao mesmo tempo podemos estar
completamente conscientes de o estarmos, logo estaríamos completamente perdidos?? ... não importa. De qualquer forma estamos.
É, certamente não deveria (e decerto não me agrada muito essa idéia de meio,
soa-me agradável a idéia, e mais do que a idéia, a sensação do inteiro),
estar sentindo-me assim meio...
Mas para isso falta-me a outra metade, talvez assim como eu
Meio saudade
Meio esperança
Meio vivendo
Meio morrendo
Meio corpo
Meio alma"
Metal contra as nuvens

"Por Deus nunca me vi tão sóÉ a própria fé o que destrói
Estes são dias desleais
...
É a verdade o que assombra
O descaso o que condena,
A estupidez, o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes,
O corpo quer, a alma entende.
...
Eu quero a "arma" em minhas mãos
...
Tudo passa, tudo passará
E nossa estória, não estará
Pelo avesso assim
Sem final feliz
Teremos coisas bonitas pra contar
E até lá vamos viver
Temos ainda muito por fazer
Não olhe para trás
Apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos"
R. Russo
Amar é ser refém do destino
quinta-feira, 15 de abril de 2010
O Boi-de-mamão

Antes que alguém me pergunte o que vem a ser boi de mamão, devo informar que é um folguedo, ou seja, uma festa popular que ocorre em Santa Catarina, comumente no litoral, em decorrência da influência dos açorianos que colonizaram aquele pedaço do país. Claro, que utilizei essa expressão no sambinha para dar uma conotação lúdica e ao mesmo tempo como referência aos medos advindos do amor (bernunça), enfim às transformações, às mortes e ressurreições desse sentimento que é o amor (o próprio boi).
Estive em Floripa em julho de 2008 e nas proximidades da Lagoa da Conceição tava acontecendo esta manifestação folclórica e fiquei bem encantado e curioso para saber mais sobre aquela festa, pois possui uns personagens bem bacanas, um deles por exemplo, a bernunça é um bicho feio com uma boca enorme que acaba por comer algumas crianças (óbvio, que previamente determinada né), as demais entram em verdadeiro pânico e isso causa um certo frisson nos guris. É bem bacana ver isso. Aquele personagem deve entrar no imaginário infantil e deve acompanhar até a vida adulta, representado pelos medos infundados que carregamos ao longo da vida, diante das adversidades.
Estive em Floripa em julho de 2008 e nas proximidades da Lagoa da Conceição tava acontecendo esta manifestação folclórica e fiquei bem encantado e curioso para saber mais sobre aquela festa, pois possui uns personagens bem bacanas, um deles por exemplo, a bernunça é um bicho feio com uma boca enorme que acaba por comer algumas crianças (óbvio, que previamente determinada né), as demais entram em verdadeiro pânico e isso causa um certo frisson nos guris. É bem bacana ver isso. Aquele personagem deve entrar no imaginário infantil e deve acompanhar até a vida adulta, representado pelos medos infundados que carregamos ao longo da vida, diante das adversidades.
A bernunçaTecnicamente, o boi de mamão envolve dança e cantoria em torno do tema épico da morte e ressurreição do boi. O enredo utilizado é que Mateus, um homem simples do interior da ilha (Floripa), possui um boi de estimação que após comer algo que o faz mal acaba morrendo. Desesperado, Mateus busca ajuda do médico e curandeiro para ressucitá-lo. O boi ressucita e toda a freguesia festeja. Os personagens presentes são: o boi, a cabrinha, bernunça, Maricota, cavalinho, Mateus, a viúva e o filhote da bernunça. Enfim, caso queiram mais informações, consultem o Dr. Google.
Os personagens
Relatos de um compositor

Antes de ontem eu estava especialmente cabisbaixo, olhando pro chão, enfim, angustiado, o chato de plantão. Daí saí a incomodar os amigos do casarão, a via crucis começou na casa da Lu, depois o Zé chegou e como já eram umas onze horas, decidi (após as quatro cervejas terem acabado) que era hora adequada de uma pessoa que trabalha na manhã seguinte bem cedo, tomar tento e ir pra cama - essa é a regra racionalizada.
A via crucis continuou, no retorno para o recôndito lar, outro vizinho põe a cabeça pra fora e me pergunta se eu tenho em casa anti-histamínicos e eu respondi que sim. Fui em casa, busquei os ditos culpados pelo ocorreu em seguida. Ao adentrar na casa do moribundo e entregar o pack, a vizinha musicista (que habita no ap da frente) estava chegando e com toda aquela energia e simpatia mineiras, nos cumprimentamos, beijinhos, abraços e convites irrecusáveis. Tipo, tenho duas cervejas, entra aí e vamos papear. Ok, aceitei, afinal quem recusaria. O incauto seguiu esse caminho inadvertidamente, papo vai, papo vem, e após as lamúrias do chato em crise emocional, ela diz a seguinte frase: - Vamos musicar essa dor? Algumas talagadas na goela o incauto responde: - E por que não? Estava criado o cenário. Entretanto, a vedete tava no fim e decidimos ir no Simplesmente (um barzinho amado) buscar um estoque logístico. Pronto, junte tudo isso e confusão está determinada.
Gole adentro, palavras em tempestade, sons sendo produzidos e criados, fumaça subindo, a palavra se tornando poesia e a noite adentrou como uma princesa boêmia. Após horas de criatividade em cima da dor ora sentida, a música ficou pronta e como não fosse suficiente tudo isso, a bela, sensível e encantadora musicista resolveu que tínhamos que gravar. Daí após muitas loiras, você já perdeu o controle sobre qualquer racionalidade e prudência. Sim, gravamos! Com direito a violão, ganzá e pandeiro. A coisa ficou assim meio samba-canção e a minha voz algo meio chico-joãogilberto-joãonogueira (óbvio, que o pior deles), sem pretensões. Tal experiência inusitada produziu a seguinte letra:
HÁ DE CONVIR
Você pode dizer
Que o amor ainda existe
Mas há de convir
O amor consiste em se querer
O que há de se olhar
Se nada mais faz sentido
Pra quê tanto perdão
Recomeçar não sei dizer
Quem mudou foi eu ou você
Pra quê saber se o amor ainda insiste
Boi de mamão
Vá entender um coração assim (Bis)
A via crucis continuou, no retorno para o recôndito lar, outro vizinho põe a cabeça pra fora e me pergunta se eu tenho em casa anti-histamínicos e eu respondi que sim. Fui em casa, busquei os ditos culpados pelo ocorreu em seguida. Ao adentrar na casa do moribundo e entregar o pack, a vizinha musicista (que habita no ap da frente) estava chegando e com toda aquela energia e simpatia mineiras, nos cumprimentamos, beijinhos, abraços e convites irrecusáveis. Tipo, tenho duas cervejas, entra aí e vamos papear. Ok, aceitei, afinal quem recusaria. O incauto seguiu esse caminho inadvertidamente, papo vai, papo vem, e após as lamúrias do chato em crise emocional, ela diz a seguinte frase: - Vamos musicar essa dor? Algumas talagadas na goela o incauto responde: - E por que não? Estava criado o cenário. Entretanto, a vedete tava no fim e decidimos ir no Simplesmente (um barzinho amado) buscar um estoque logístico. Pronto, junte tudo isso e confusão está determinada.
Gole adentro, palavras em tempestade, sons sendo produzidos e criados, fumaça subindo, a palavra se tornando poesia e a noite adentrou como uma princesa boêmia. Após horas de criatividade em cima da dor ora sentida, a música ficou pronta e como não fosse suficiente tudo isso, a bela, sensível e encantadora musicista resolveu que tínhamos que gravar. Daí após muitas loiras, você já perdeu o controle sobre qualquer racionalidade e prudência. Sim, gravamos! Com direito a violão, ganzá e pandeiro. A coisa ficou assim meio samba-canção e a minha voz algo meio chico-joãogilberto-joãonogueira (óbvio, que o pior deles), sem pretensões. Tal experiência inusitada produziu a seguinte letra:
HÁ DE CONVIR
Você pode dizer
Que o amor ainda existe
Mas há de convir
O amor consiste em se querer
O que há de se olhar
Se nada mais faz sentido
Pra quê tanto perdão
Recomeçar não sei dizer
Quem mudou foi eu ou você
Pra quê saber se o amor ainda insiste
Boi de mamão
Vá entender um coração assim (Bis)

Fiquei muito feliz com a dádiva de "seja compositor por um dia" presenteado pela minha amiga musicista que passou a adentrar mais ainda num recôndito lugar chamado coração. Não é necessário relatar que a noite se foi, já eram umas cinco da matina, um banho, o barbear, uma caneca bem cheia de café (não só por conta da bebedeira, mas porque gosto muito), uma roupa qualquer, perfume, cão-rua-necessidades-satisfeitas e a caminho do trabalho, cansado, mas feliz. Trabalhei bem, sabe Deus como! e chegando em casa pude finalmente esticar a armadura para o sono dos justos.
Tentei falar com Brasília sobre minha ida para o Sul. Infrutífera! Farei isso mais tarde.
Pedra do Sal
Olha cada vez mais me surpreendo com encantos dessa cidade maravilhosa que é o Rio. Descobri através de uma amiga uma roda de samba bem carioca que ocorre nas segundas-feiras na Pedra do Sal, fica aos pés do Morro da Conceição, outro lugar extremamente encatador e agradável de se conhecer.
Pois bem, o cenário é algo do tipo histórico, aquele casario antigo, aquela pedra com entalhes formando uma escada. É extremamente emocionante imaginar tantas histórias que ocorreram naquele espaço, sempre foi cenário da cultura negra, pois por ali os escravos transportavam sacas de sal, e quando o sal pedrava eles batiam as sacas naquela pedra, daí o nome. É um remanescente de quilombolas. Grandes sambistas como Pixinguinha e Donga já se reuniram junto daquela pedra para compor, beber e viver a boemia como ela é.
Passei numa daquelas ruelas e olhei para uma fachada e lá estava escrito em alto relevo: 1822 e, pensei comigo (nossa!) que legal ver uma construção feita no ano da independência.
Afora, todo esse encanto, a rodinha de samba é bem bacana e badalada, começa cedo, por volta das 19h e as pessoas vão chegando meio que tímidamente e de repente tá fervendo. Você olha no entorno e tem toda aquela logística da boemia carioca: salsichão, churraquinho de gato e por aí vai. A cerveja é de garrafa a preços normais, entretanto, tem um barzinho pé de chinelo, com ar trash fantástico bem perto e pasmem toca música dos anos 80, ainda (pasmem novamente) a cerveja custa 3,00 reais a garrafa. Não é necessário se perguntarem o que fiz, parei e fiquei. A clientela é a mais variada possível, com aqueles personagens que conhecemos, a galerinha pós trinta, uns bichos-grilos, bebuns de plantão (não me incluam nesse quesito Ok, só pra constar hehehehehehe), enfim o paraíso na terra para um boêmio como eu.
Então vai a dica: apareçam lá nas segundas e você se tornará frequentador desse nicho fantástico e esquecer que a tarde de domingo já se foi e apenas a semana está começando para novas espectativas.
Pois bem, o cenário é algo do tipo histórico, aquele casario antigo, aquela pedra com entalhes formando uma escada. É extremamente emocionante imaginar tantas histórias que ocorreram naquele espaço, sempre foi cenário da cultura negra, pois por ali os escravos transportavam sacas de sal, e quando o sal pedrava eles batiam as sacas naquela pedra, daí o nome. É um remanescente de quilombolas. Grandes sambistas como Pixinguinha e Donga já se reuniram junto daquela pedra para compor, beber e viver a boemia como ela é.
Passei numa daquelas ruelas e olhei para uma fachada e lá estava escrito em alto relevo: 1822 e, pensei comigo (nossa!) que legal ver uma construção feita no ano da independência.
Afora, todo esse encanto, a rodinha de samba é bem bacana e badalada, começa cedo, por volta das 19h e as pessoas vão chegando meio que tímidamente e de repente tá fervendo. Você olha no entorno e tem toda aquela logística da boemia carioca: salsichão, churraquinho de gato e por aí vai. A cerveja é de garrafa a preços normais, entretanto, tem um barzinho pé de chinelo, com ar trash fantástico bem perto e pasmem toca música dos anos 80, ainda (pasmem novamente) a cerveja custa 3,00 reais a garrafa. Não é necessário se perguntarem o que fiz, parei e fiquei. A clientela é a mais variada possível, com aqueles personagens que conhecemos, a galerinha pós trinta, uns bichos-grilos, bebuns de plantão (não me incluam nesse quesito Ok, só pra constar hehehehehehe), enfim o paraíso na terra para um boêmio como eu.
Então vai a dica: apareçam lá nas segundas e você se tornará frequentador desse nicho fantástico e esquecer que a tarde de domingo já se foi e apenas a semana está começando para novas espectativas.
terça-feira, 13 de abril de 2010
ONTEM

O prêmio do dia
Pedra do Sal - Pça Mauá
Dia 0
Acordei cedo, trabalhei, cheguei em casa naquela bagunça pós tempestade de quem encheu a cara, brincou de vamos tudo no fique como quiser. Peças de roupas espalhadas, cesto de roupas sujas com uma montoeira por cima, pia cheia de panelas, pratos, copos e afins sujos, cinzeiros transbordantes, garrafas de cerveja coladas no balcão do bar - em suma a bagunça de quem deixou tudo de lado por uns dias.
Metas atendidas: consegui salvar a casa de seu aniquilamento, roupas foram lavadas e postas para secar, o cão conseguiu passear com o seu dono de estimação, aquela esteira de decoração conseguiu funcionar após a teia de aranha torná-la quase um objeto mal-assombrado. Pesos se tornaram peças de musculação. Ah antes de chegar para realizar todas essas tarefas dei uma passada na terapeuta e parar de incomodar os amigos com papos que depois da segunda vez torna-se banal e chato.
Objetivos: a casa precisava tornar-se habitável, a auto-estima deve ser trabalhada aos poucos e a cada dia, palavras terpêuticas têm que ser entendidas e praticadas, trabalhar para esquecer o coração partido.
Prêmio pós-longo dia: Enfim pessoal! ninguém é de ferro, tomei aquele banho, escolhi uma roupa bem legal, coloquei uma colônia italiana que foi presenteada à Catarina di Médici na idade média e fui encontrar uma amiga para irmos num sambinha lá na Pedra do Sal e tomar aquela cerva geladinha. E claro ver gente e se sentir participante desse contexto.
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