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terça-feira, 28 de maio de 2024

Poema pro nada

Silencio

Silencio

Quando os olhos esperam.

Silencio

Silencio

Quando a boca abre e cala

Porque tudo já dito 

Não cabem palavras

Nem acordos 

Quando os sentimentos se calam querendo ter voz

O frio emudece

O café enebria o ultimo sôfrego direito de querer

As devoluções simbólicas de uma vida compartilhada

Emudecem a dor e o choro reprimido de dias

Um circulo

Uma direção de carro abraçado como suplica de ajuda

As aguas caem e o grito ressurge pra ninguém ouvir

A ninguém interessa

Só o grito 

Pra continuar tem que ouvir o próprio grito por que só quem ouve é você 

A dor sempre é gutural

Voltei ao homem das cavernas 

Onde o que rege é a dor e a recompensa 

Não há recompensa

Só a dor

Em mim

Intransferível

Não há palavra a ser dita

Somente o silencio

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